sábado, 12 de maio de 2012

A Mulata

Talvez assim 
bem escura, não sei,
mas me salva 
assim na mulata 
a cor de um infinito
universo de poros
nos quais brilho
cada bolha suada.

É como mergulhar profundo,
cavidades, olhos e feixes.

Você me vem dizendo
quais as flores necessárias,
eu quero cheiro de pele,
de arruda, de santa maria,
de eucalipto e de teu cheiro
mais que tudo apenas
para ser um pouco de barro
e um muito de lama, juntos.

Flávio Corrêa de Mello

2 comentários:

Sensibilidade a navegar com poesias disse...

Parabéns pelo belo Blog...

Diná Fernandes de Oliveira Souza Souza2 disse...

Gostei do vi e li! Muito bom seu versar! Parabéns!