domingo, 1 de dezembro de 2013

Modo de Máquina

Não vejo.
estou modo de máquina
no teclado de razões
e rumos e ruídos e mensagens.

Obtuso, obscuro, esquivo,
saltando poças e esquinas,
jogo de amarelinha

com Fernando Pessoa
levando minhas porradas.

Pois em modo de máquina
- o egoísta que sou!
há mais outras ferroadas,
ali é lei de seca,
o ops! que se enganou,
era para narrar e dissertou.

Mas aqui correm veias,
sangue e poréns.
É dente trincado, dente afiado:
Todo direito ao Direito!
Toda lei é Hamurabi!
Todo, me devoto ao grande foda-se.
Mas quando fujo no backspace,
me vejo só no meu modo de agora.


Flávio Corrêa de Mello

Nenhum comentário: