sábado, 2 de junho de 2012

William e eu

William Bourroughs 
era viciado em inseticida,
naked lunch e suruba em Álger,
ele era verde e definhou sozinho 
um terno preto num pequeno quarto de hotel,
os lençóis brancos com a marca de ferro queimado.

Um dia olhei no espelho 
e vi as bolas verdes
que me saíam dos olhos
e preferi descer pelo ralo.
Um dia isso quase me matou
e deixei naked lunch
na prateleira das aparências,
me arrumei e fui ao clube.

Lá, eu almocei e meus olhos
incandesceram os olhos
de todos Williams da rota 66,
blue label, total harmony in taste,
e todas as histórias que ouvi
são meus planos de arquiteto de ilusão.

E alguns menos falidos,
meus amigos, uma rede de vivos,
me contam como deixar o riscado de criança
e a ser bronze esculpido,
não em pó de insetida,
mas na compreensão
que depois da lua vem o sol
e do sol vem a lua
e apenas isso se repete
diariamente no abraço
e beijo que trocamos, nus,
almoçando os pratos da vida.

Um comentário:

António Je. Batalha disse...

Olá , passei pela net encontrei o seu blog e o achei muito bom, li algumas coisas folhe-ei algumas postagens, gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns, e espero que continue se esforçando para sempre fazer o seu melhor, quando encontro bons blogs sempre fico mais um pouco meu nome é: António Batalha. Como sou um homem de Deus deixo-lhe a minha bênção. E que haja muita felicidade e saude em sua vida e em toda a sua casa.
PS. Se desejar seguir o meu blog,Peregrino E Servo, fique á vontade, eu vou retribuir.