quarta-feira, 20 de julho de 2011

FACEBOOK MILHÕES DE AMIGOS E UMA ESTANTE

Então, hoje é dia do amigo e recebi várias mensagens de felicitações. Pensei: sou um camarada popular... são seiscentos e tantos amigos, contatos, possibilidades. Enfim, um monte de gente sorrindo, trocando afinidades. Bem, verdade seja dita: a rede é o superdimensionamento. Nem conheço esse monte de pessoas mesmo. Tá, tá certo, tem uma banda feissebuqueiros que compartilha do mesmo interesse que o meu. Tem outra banda que de fato eu conheço. Tem mais meia dúzia que eu gostaria de conhecer e outros tantos que já não adcionei porque não me dizem nada que valha.

No dia de hoje vi algumas pérolas entre as várias felicitações: "Amigos, conto nos dedos e este abraço vai para você...", "Feliz quem tem amigos...", "Se você é meu amigo, me dê 5 contos..." " Eu quero ter 1 milhão de amigos e pedir 1 real a cada um..." e por aí a fora.

Eu mesmo dei um presente no dia do amigo, uma bárbara estante para guardar livros. O detalhe é que não sabia como me desfazer dela e por sugestão da minha super-gente-fina-enteada, coloquei a foto e anunciei a doação, o presente. 0800 todo mundo quer, né? Ainda mais se for de qualidade, coisa boa. Monte de gente me adicionou. Outros sumidões apareceram: Aí Flavito, tá com uma estante por aí... Até o camarada que ficou de me devolver uma televisão há séculos resolveu dar o ar da graça e a jacarandice dura de me perguntar se podia levar a estante...

É! a estante já foi devidamente presenteada. O felizardo parou a kombi e a levou e ganhei 20 amigos novos no facebook. Bom é isso daí... post nada de mais...

 

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Myrian dos meus doze anos

Ai Myrian, Myrianzinha, minha Myrian dos meus 12 anos... que saudades, infinitas. Milhares de saudades daqueles tempos juvenis de me fechar no quarto e no banheiro e folhear aquela revista Playboy que te trazia meninamente linda na capa. Como me esquecer?

Como esquecer também da minha vó e seu constrangimento ao me flagrar quando eu deixei a porta do quarto destrancada. Ela não fez nenhum comentário, simplesmente fechou a porta. Mas bastou apenas um dia, uma manhã em que estava na escola para minhas revistas desaparecerem. Que infelicidade Myrian, você nem imagina. Eu e sua foto nunca mais nos vimos. Sabe, fiquei muito triste. Você era uma de minhas musas, sempre ali bela, de calcinhas e lingerie, bela e fogosa. Foi um milagre conseguir sua revista, já que o seu Rei comprara todos os exemplares para retirar de circulação. Não queria, suponho, que ninguém ousasse descascar a marreta pensando em você, nem os caras da turma, nem as meninas do velcro colado.

Talvez por isso, hoje, tenho preferências por mulheres. Talvez por isso, também, as meninas que gostam de meninas passaram a gostar mais ainda. Tudo culpa sua Myrian, minha imaculada Myriam, Virgíssima Myriam. Na verdade você não deveria ter posado nua para aquela revista. Mas posou e eu pousei levemente a mão em um exemplar e agarrei com firmeza.

Hoje sou diferente, acredito. Não deveria haver revistas com nudez à venda em nenhuma banca do Brasil, quiçá no mundo. Porque assim, sabe, essas revistas podem definir o futuro do sexo das pessoas. Aliás, devo dizer, devemos ter cuidado com quem colocamos para trabalhar em casa... eles podem desorientar nossos niños queridos, devo dizer. Também devemos ter cuidado em dar descarga com a tampa aberta pois há bactérias e risco de contaminação, temos que ter muito cuidado, mas muito cuidado mesmo, com tudo. Eu até que me descuidei recentemente, tive uma recaída, uma coisa demoníaca... me expus aos vírus e fui caçar uma imagenzinha sua na internet. Queria postar aqui na net, mas sumiu estranhamente.

Mas Myrian, afora toda a ironia acima, devo dizer... você era linda, cheia de vida, uma belezura, isso nas aparências... porque me pergunto: será que sua inteligência acompanhava (e acompanha) sua beleza física? Creio que não, mesmo que você invista em várias explicações, que retire suas imagens da net, foi muito deselegante seu fetiche explícito de motorista passando a marcha nos filhos da classe média-alta (já viu se pobre vai ter motorista).

Além, Myrian, chega dessa história de dizer que você tem direito de escolha... Esse tipo de afirmação é estúpida e homofóbica sim. Direito de escolha agora todos temos. Quem não tinha direito de escolha eram as pessoas que não podiam declarar legalmente suas afinidades sexuais, apenas na informalidade. E é isso do que se trata a questão. Nem ligo a mínima se seus filhos vão ser seduzidos por motoristas ou empregados, tô nem aí. Agora, se seu preconceito é tão sintomático assim, tome um remedinho Myrian, minha Myrian,  e volta a ser aquela que se enrolava cheia de óleo nos lençóis da minha cama. Ah que saudades...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Aniversários

Chega o momento de assoprar as velinhas! E parece até que uma letra "h" entra por ali entre o "l" e o "i" - pequena paródia - para nos deixar sempre um pouco mais velhinho. Mas com a idade vem a tal da maturidade, e o que é peso transforma-se em leveza. Assim, vem  os aniversários: cada vez mais leves.

Inda me lembro vivamente do meu ser rebelde e não o desprezo. Realmente durante muitos anos "bati de frente com tudo, contra todos", era a tal da insatisfação: do ter que ser do meu modo. Digamos que isso me foi muito bom, afinal, a sensibilidade aguça-se durante os questionamentos. Entretanto, também há os revezes de tamanha inconformidade. Por exemplo, durante tempos dei pouca atenção para minha carteira, para acordar cedo, para estudar com afinco, para ver a vida em sentido mais horizontal mesmo. Era como o Romário, o que interessava era fazer o gol, bola na rede. Não que isso fosse ruim ou desprezível, era como tinha de ser, mas por conta disso levei anos para me graduar e me perdi em tono de questões mil, do gênero: isto não quero e muito não sei...

A vida é efêmera, passa rápido e é nela que me concentro, que invisto para o mundo seja melhor, tanto para mim quanto para você que me lê (já que não escrevo esse monte de coisas à toa. Acredito que você lerá e que me levará em conta) Portanto: zebra para a infelicidade, para o desconforto e viva este meu aniversário e a beleza de desfrutar de um tempo chuvoso e nublado, assim como desfrutamos de um sol maravilhoso na praia do Leme.

Agradeço muito o pessoal das redes que me postaram felicitações. Foi bacana. Alô Cabral, vê se toma jeito hein... Tô de olho em você. Alô Mirian.... Não seja homofóbica. O PRÓXIMO POST é sobre a homofobia...

   

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Divagações

Sinceramente, acho que já cansei metade das pessoas que passam por aqui com esse vai e vem de postagens. Digamos que é assim mesmo esse meu processo de escrita. Descrevo: levo tempos sem escrever uma palavrinha sequer por aqui e em outros momentos desembesto a escrever. Será mais um momento desse?