quarta-feira, 29 de junho de 2011

in Realengo: Poetas pedem paz

Verbo Paz



Puxem uma cortina, por favor,
que tape este vermelho na janela.
Professor, por favor, me ensine:
quero conjugar o verbo PAZ.

Se no alto do céu eu olhar, agora,
este pátio e ver nele várias asas desenhadas,
minha escola vai ser vida, a gramática
é flor, o sonho azul é futuro
e futuro não chora.

Mamãe, um abraço
no meu bracinho
Papai, aqui pazestou,
pazexisto.

Daqui vejo o vovô, a vovó, a titia.
Vejo também meus amigos.
Aqui tem escola, bola, alento.
Por isso não chore, não me chame:
Criança de Realengo.

Voa a vida, passa o dia,
passa a noite e aprendo:
o verbo PAZ, já sou PAZ.

Nenhum comentário: