Ele mergulhou no rio,
na lama, no lodo úmido.
Lá ruminou escamas,
espreitou aventureiros:
macacos, cervos, cordeiros.
Abocanhou sua vítima
e o tragou para o fim.
Chafurdou naquele veio
do rio que ainda
suspirava um fio líquido
embaixo do sol rutilante.
Foram dias mergulhado
entocado no pasto argilático
e aquela secura de lágrimas
no escuro quente
do fundo do rio.
6 comentários:
Amado Flávio,
Sempre alegria vir aqui!
Abraço fraterno,
Adriano Nunes.
Meu caro Adriano,
Obrigado pela visita!
Muito bom! gostei do texto...
a poesia acha seu veio...
besos
Olá Paulo e Líria,
Obrigado pela visita ao blog. Este poema daí é um "remix" de vários textos anteriores. No início, ele se chamava açude.
abraços e voltem sempre.
Muito bom. Gostei do Blog. Estarei acompanhando.
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