segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O jacaré

Ele mergulhou no rio,
na lama, no lodo úmido.
Lá ruminou escamas,
espreitou aventureiros:
macacos, cervos, cordeiros.
Abocanhou sua vítima
e o tragou para o fim.
Chafurdou naquele veio
do rio que ainda
suspirava um fio líquido
embaixo do sol rutilante.
Foram dias mergulhado
entocado no pasto argilático
e aquela secura de lágrimas
no escuro quente
do fundo do rio.

6 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Amado Flávio,


Sempre alegria vir aqui!


Abraço fraterno,
Adriano Nunes.

Flávio Corrêa de Mello disse...

Meu caro Adriano,

Obrigado pela visita!

Paulo Francisco disse...

Muito bom! gostei do texto...

líria porto disse...

a poesia acha seu veio...
besos

Flávio Corrêa de Mello disse...

Olá Paulo e Líria,

Obrigado pela visita ao blog. Este poema daí é um "remix" de vários textos anteriores. No início, ele se chamava açude.

abraços e voltem sempre.

Winderson Marques disse...

Muito bom. Gostei do Blog. Estarei acompanhando.