quarta-feira, 30 de julho de 2008

Extratos - Mario Faustino




Para os Poetas:

Segue abaixo alguns extratos da folha Poesia- Experiência do JB. Este trecho foi extraído do livro De Anchieta aos Concretos, organizado por Maria Eugênia Boaventura e publicado pela Companhia das Letras em 2003. Pags 483-84


(...)

Confúcio: Se um homem sabe se manter vivo o que é velho e reconhecer o que é novo, poderá, um dia, ensinar.

W. H. Auden: "Por que queres escrever poesia?" Se o jovem responder: "Tenho coisas importantes a dizer" então não se trata de um poeta. Se responder: "Gosto de vagabundear no meio das palavras e de ficar escutando o que elas dizem" então pode ser que seja que ele venha a ser um poeta.

Tomás de Aquino: Três coisas necessárias à beleza: integridade, harmonia e clareza.

Hegel: O Homem deveria orgulhar-se mais de ter inventado o martelo e o prego do que ter criado obras-primas de imitação.

Ezra Pound: A maestria em uma arte é trabalho para uma vida inteira. Não me agradaria fazer qualquer discriminação entre o "amador" e o "profissional" - se o fizesse seria, freqüentemente, em favor do amador - mas faço discriminação entre o amador e o perito. O certo é que o caos atual durará até que a arte da poesia tenha sido metida à força garganta adentro do amador, até que haja conhecimento geral do fato de que a poesia é uma arte, e não um passatempo; e conhecimento geral da técnica; da técnica de superfície e da técnica de conteúdo; - até que amadores cessem procurar tomar o lugar dos mestres.

Benedetto Crocce: Existe uma affirmation amause de Mallarmé, amiúde citada com admiração: "Não se faz poesia com idéias, e sim com palavras"; sobre a qual é necessário observar que, ao contrário, poesia não se faz nem com os mots, vocábulos, nem com les idées, conceitos, e sim com a própria poesia, com essa criação da fantasia que é, justamente, o próprio ato, palavra viva.








Edward Sapir: De todos aspectos da cultura, pode-se dizer com segurança que a linguagem foi o primeiro a assumir uma forma altamente desenvolvida e que sua perfeição essencial é requesito indispensável da cultura como um todo.




3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Flávio, este teu "artigo" (?) não sei que nome dar, trata sobre o escriturar-poetar. Procurando em meus arquivos, achei um textículo, que talvez não correponda a tanta teoria, mas que acho bonito , simples, objetivo e sem complicaçóes. O autor é um jornalista da área se segurança pública. Trata-se de Wanderley Soares do RS. Segue o texto:
"Há em mim um bosque, mas sendo muitos os caminhos de mim, perco-me nos labirintos e nem sempre o encontro. Torno-me, então, um vadio, desconexo, andando em círculos, monossilábico, perdendo o senso. Ah!, mas quando eu o encontro, lá está a minha árvore, copada de palavras que cantam ao soprar dos ventos, de versos soltos que se quedam e se perdem, amarelecidos, entre os corredores desenhados por outras árvores de outras palavras e de outros versos. Preparo-me para a colheita, desde os primeiros galhos, fáceis de alcançar, até chegar aos mais altos, mais próximos do sol, mais próximos do céu. Quando exausto, descanso à sombra de minha árvore e até adormeço abrigado sob o manto cálido dos versos colhidos ainda verdes.
Há em mim um bosque".
Simples sem mta veborragia.
Beijo- sei que não é o seu estilo.

dade amorim disse...

Oi, Flávio, tudo bem?
Muitas novidades?

Matando a saudade do Movediço ;) Dá uma chegada lá no Inscrições
www.inscries.blogspot.com

Beijo pra você.