Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
- Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
- O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
- Estranha sombra em movimentos vãos
2 comentários:
Oi Flavio!
Quanto tempo. Obrigada pela visita.
Seu espaço aqui também ta bem legal, cheio de novidades. Fazia tempo que eu não vinha aqui, to meio fora de circuito mesmo...
beijos
Oi Flávio, obrigada por me fazeres relembrar deste sonetista português
que traduz tão bem a fugacidade das coisas idas e vividas.
És um poeta de gosto apurado tanto no clássico, no moderno(que um dia se tornará clássico), no pós moderno, concreto, práxis e pro que der e vier.Beijos
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