terça-feira, 1 de setembro de 2009

Lidice

Lidice renasce. A renascida.
De seus trezentos mortos,
de suas cinzas surge a Fênix.
Olhos angulosos.
Olhos Heil Hitler.
Olhos raios!

pois aqui sobreviemos
e vivemos para além
desta insujeita,
desvária e desvalida
arrogância de tentar
arrastar-nos para verdades
que não compreendemos.
Lidice, fênix e eu,
Flávio, forasteiro e insano,
descuidado e impreciso,
morto e renascido
a cada dia, a cada hora,
só por hoje, só por hoje.
Aquela cidade está por aqui
batendo um vaso sanguíneo
aquela cidade me faz
viver mais, acreditar mais.

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