p/ Flavia
Dois espelhos colados.
Frente e verso. Reversos.
no meio dos dois a cola,
a linha espremida
e sufocada. Ali, nós,
como lençol
grudento de suor,
somos pasta de vidro.
Ali no meio somos amor,
somos no nome
- a essência é o nome.
Se a cola é úmida ou seca,
Se o amor é na cama ou na louça,
somos o diário, o cotidiano
de dois espelhos que roçam,
gripam e espaldam
quando o sol desponta,
quando a rusga aponta.
Esse é o encontro
daquilo que nem
sabemos o quanto
e o como,
o quando e o que se é:
o nome, a força, a constância,
então refletimos, sim
refletimos, apenas isso,
refletimos cada um
seu modo de iluminar
o rosto do outro.
5 comentários:
Belo poema. Flávia tá com tudo.
E tu também.
Bjo
Chego aqui através de Roberta Mendes. E porque eu conheço as pegadas de quem me trouxe até aqui, já sabia que seria uma valiosa viagem.
Belos textos.
Ana
Ana e Jan-jan,
a poesia é uma viagem maravilhosa, sem poesia a vida seria apenas vazio incompreensível.
obrigado pela visita.
flávio flávia
um colado ao outro
tomam a mesma forma
a mesma forma
a hóstia
imagem do amor
besos
líria
Lindo texto, lindas imagens!
Um abraco,
Elis
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