Guardo um segredo profundo
que de tão fundo se esvai
na saliva de um cachorro,
pela boca, e some num recanto
escondido, algum lugar meu
desconhecido. Mas sinto.
Sinto-o perene, mas firme,
chamuscando minhas mortes
e noites quando deito na cama
e o travesseiro aviva a insônia.
Guardo um segredo, um não!
dois: um é vazio, outro é buraco
no qual afundo, sem passos,
atávico, o passado obtuso
e obtlerado, aquele feito de neve
e gelo, pesado, muito pesado,
que cerziu o fantasma logo
abaixo do cimo do buraco,
um tampo de ilusões.
4 comentários:
Seu blog, meu caro poeta, é uma estrela de primeira grandeza.
Obrigada pela visita.
Saudações poéticas,
Maria Maria
Olá Maria,
é verdadeira a recíproca.
brigadim... e vamos nos acompanhando!
flávio, esse segredo está permeado por boa poesia...
Meu caro,
estou me esforçando...
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