Terceiro poema da série Poemas Suíços.
Lá, bem longe do asfalto quente
abri os portões do cérebro
e liberei escorpiões
que nos recônditos
pensamentos fizeram morada.
Dei-lhes água, ensinei-lhes
as primeiras conjugações dos passos
afiei com facas de cozinha os ferrões
espalhei ao longo da rua
pequenos insetos e petiscos
e cantei para que se perdessem no vento.
Depois, sentei-me à janela
e o frio
fez do cérebro o palácio
de geladas festas solitárias.
Um comentário:
Um dia consigo fazer uma crítica litarária, por enquanto me atenho à mensagem emocional e visual e a idéia desse poema é demais! Esvaziar a mente dos laiás adquiridos e acumulados no percurso da vida severina... Só acho que não deveria ter alimentado os escorpiões, deveria tê-los matado!rs
Postar um comentário