Como eu poderia ser um chapéu, vários chapéus?
Como um desses, egresso de um sonho de Aníbal,
Imerso no casco de um jabuti a fugir dos machados.
Como eu sairia chapiscando pelas ruas pés na chuva?
A cabeça e o cérebro escondidos do verso,
trabalhando os juros do cartão de crédito
a cabeça e o cérebro em vários chapéus.
Como, por onde e quando vou poder entender
os furos que faço nas abas, sempre dois.
A cara vermelha de sangue,
a cuca vazia de idéias, submersa
Como um desses, egresso de um sonho de Aníbal,
Imerso no casco de um jabuti a fugir dos machados.
Como eu sairia chapiscando pelas ruas pés na chuva?
A cabeça e o cérebro escondidos do verso,
trabalhando os juros do cartão de crédito
a cabeça e o cérebro em vários chapéus.
Como, por onde e quando vou poder entender
os furos que faço nas abas, sempre dois.
A cara vermelha de sangue,
a cuca vazia de idéias, submersa
em molho de cabelos e casco duro.
3 comentários:
Maravilhoso!!! beijo! Que bom te ler de novo, Flavinho.
O pior não é ter " a cuca vazia". O ruim mesmo é ter a cuca "trabalhando os juros do cartão de crédito" e "a cabeça e o cérebro escondidos do verso". Trevas!
Valeu gente. Mas a cuca ainda tá meio vazia... E o cartãod e crédito cheio, cheio.
Prometo uma coisa, escrever mais, comprar menos.
abraços
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